sábado, 25 de setembro de 2010

Sábado a flor da pele... (Vômito)


Foto de Nara Marx

Ando tão a flor da pele, como o cara estranho da canção...

Sentimos, sabemos... vivemos... Somos inteiro e por vezes nos perdemos na totalidade de nosso jeito de ser, na verdade do nosso jeito de ser. Que não deixa de ser humano, que não deixa de ter erros... Que não deixa de se sentir fraco as vezes. Caio, não sei se deveria cair, mas caio pra levantar e tenho sempre levantado (Será que piriga de eu não conseguir levantar mais um dia?). As vezes perco o controle do líquido do copo (do corpo)... as vezes morro, as vezes do(o)u. Sou assim porque só sei ser desse jeito. Finjo que não mais acredito nas pessoas... "o mundo é tão bonito". Tenho a pérola na ponta e coração na frente."Te olhos nos olhos e reclamas porque te olho tão profundamente. Desculpa!"
Uma mão e um colo.
Pensei nisso um dia, de uma cena que vi na virada 2009-2010
01-01-2010: por traz das ambições, pessoas são pessoas (ambição é de pessoas), cheia de sonhos e esperanças. Adultos são crianças grandes.
Coincidentemente em 18-09-2010: Adultos são crianças grandes que tiveram que aprender a equilibrar a maturidade e a realidade com a doce inocência que é a verdadeira felicidade.
São crianças grandes que têm dinheiro pra comprar seus brinquedos.
Nos olhos de uma mulher aos fogos da virada do ano no fundo de um quintal qualquer, acesos por seu marido, desgastado pelo trabalho braçal, pela cara ranzinza, pela carcaça da vida, no fundo de seus olhos o brilho, que reduz toda sua essência a uma criança, cheia de sonhos e desejos (e não pensemos no que não pôde ser, na transitoridade compulsória dos desejos humanos).
Inocência, infância por locus.

"Digo que quebro as telhas
Da nossa grande construção
Pra dormir na amplidão

E o sol rodando vermelho...
E o sol pregado no azul...
E o sol rodando no céu...
E o sol suspenso no ar!...

Eu sou um louco de Deus,
Eu sou um servo dos loucos de Deus!
No fundo dos olhos, na alma do corpo,
No Fogo! Fogo!"
(Cordel do Fogo Encantado)



Foto de Nara Marx

2 comentários:

  1. Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto
    Esse eterno levantar-se depois de cada queda
    Essa busca de equilíbrio no fio da navalha
    Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo
    Infantil de ter pequenas coragens.

    Bruna

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  2. "pessoas são pessoas"...mantra pra ser repetido todos os dias...

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